miércoles, 15 de abril de 2009

Alas de Buarcos



Como el movimiento, agua
en el cauce de las manos,
las palabras. Como fuego.

Tanta vida en los rincones,
tantas respuestas
pintadas, tanta serenidad
sobreviviendo al tiempo. Calles,
alas de Buarcos.

Sobre la mesa miradas
con nombre propio,
toda la sed de la memoria.
Un gesto trazado en el infinito
De las risas.

La mujer se fue. Olía a preguntas.

Era por la tarde, cuando los caminos
descansan, cuando los rostros
toman el color gris de las nubes
y la humedad se agacha en las piedras.
Era por la tarde cuando descubrimos,
que la felicidad tiene nombre.

Como un abrazo, aire
en el límite de la mirada,
los deseos.





Do mesmo modo que o movimento, água
no cauce das mãos,
as palabras. Como fogo.


Tanta vida nos cantos,
tantas respostas
coloridas, tanta serenidade
sobrevivendo ao tempo. Ruas,
asas de Buarcos.


Sobre a mesa olhadas
con nome próprio,
toda a sede da memória.
Um gesto traçado no infinito
dos sorrisos

A mulher tinha-se ido. Cheirava a perguntas.

Foi à tarde, quando as estradas
se deitam, quando os rostos
apanhan a cor cincento das nuvens
e a humidade se agacha nas pedras.
Foi pela tarde quando descobrimos
que a felicidade tem nome.


Do mesmo modo que um abraço, ar
no limite da olhada,
os desejos.

3 comentarios:

Argos dijo...

Tino,

Se me permites, vou continuar o “passeio” pelos teus poemas!
Estou a gostar muito, é com alegria que vejo essa cidade, as suas gentes e “recantos” pelos olhos de um "forasteiro"…que já o não é! Pela forma como escreves já fazes parte do pulsar dessas ruas, do povo, sentes, e ÉS!

Abraço e muito obrigado

faustino lobato dijo...

Muito obrigado, prazer de ler isto que escreves, para mim é muito importante que um português diga isto tão filosófico e tão profondo de aquilo que eu escrevi, não é. Abraços. Tino

Ana Muela Sopeña dijo...

Bellísimo poema, Tino.

He tenido que dejar de ser seguidora de blogs porque la usabilidad de mi blog se había reducido muchísimo. No se cargaban bien las imágenes e iba súper lenta.

Pero te seguiré leyendo.
Un beso
Ana

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