Salta a noite
nos olhos do Tejo.
Lisboa dorme.
doem-me as sombras.
As luzes das pedras
respiram o selo de ninguém.
presença vice
sob uma alma de estátuas.
O olhar confunde-se
com as vozes.
Lisboa descansa
como um barco de cristal.
Escapa do tempo; navega
nas asas do sonho.
Há gritos
que não voltam, fogem.
Apenas o eco da noite
os permite regressar.
Tudo está encerrado
neste cofre de pedra e mar
ao alcance da mão.
Del poemario: Tiene Lisboa sonidos de agosto.
Tradujo: María Antonia Piris
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